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"Mulheres no Ciberespaço: Arquitetas ou Usuárias? O Exemplo da Wikipédia"

Atualizado: 18 de out. de 2023

por Flávia Doria



Resumo:

Este trabalho procura abordar as relações entre a manutenção do silenciamento e da invisibilização histórica das mulheres no ciberespaço, com o seu afastamento dos campos de conhecimento em torno da internet, das redes e das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), tomando como exemplo o viés de gênero na Wikipédia.


Palavras-chave: Ciberespaço, Ciberfeminismo, TICs,Wikipédia.


 

Introdução


As relações entre mulheres e tecnologia vêm sendo exploradas pelo feminismo praticamente desde os primeiros sinais de que os computadores viriam a ser parte integrante da nossa existência. O monopólio masculino desse setor foi observado e criticado por diversas autoras que identificaram a falta de conhecimento tecnológico como um dos fatores da dependência feminina e da sua fonte de poder, e muitos desses trabalhos se apresentaram como críticos da tecnologia como uma ferramenta de manutenção da dominância masculina (Wajcman, 1991).


Com base nas ideias de Manuel Castells (2002) de que a internet e o que aqui iremos chamar de TICs (Tecnologias de Informação Comunicação) mudaram não só as relações sociais, mas as estruturas do capitalismo, cujas bases se vêem, mais e mais, alicerçadas no valor da informação, este trabalho pretende investigar as relações entre a presença e a participação das mulheres no ciberespaço. Sendo esse um lugar previsto por Pierre Lévy como “o principal canal de comunicação e suporte de memória da humanidade a partir do início do próximo século.” (1999 p. 93) Para isso, irá rever as relações históricas das mulheres com essas tecnologias e usar como exemplo a Wikipedia, a maior enciclopédia online.


Feminismo Ciborgue


Quando Donna Haraway (2009) escreveu o Manifesto Ciborgue, abriu uma janela para a imaginação utópica de uma tecnologia feminista, anti-racista, decolonial e pós-gênero. Ao contrário das narrativas distópicas da ficção científica da época que apresentavam o dualismo máquina versus homem, ela definiu o ciborgue como não só um híbrido parte humana, parte máquina, mas como um ser que rejeita os limites entre o natural e o artificial. Podemos relacionar o ciborgue com todos nós, com nossos celulares nas mãos, extensões simbólicas e ao mesmo tempo tão reais de nós mesmos.


Em seus trabalhos, Haraway desconstruiu a ideia de naturalismo. Esse ser ciborgue é evidência da inexistência do natural na experiência humana, e parece expor certa acomodação do discurso naturalista. Para a autora, a ciência e a tecnologia não são masculinas, brancas e heterossexuais per se, a partir desse reconhecimento se possibilita não só a construção de uma epistemologia feminista através de saberes localizados, mas a capacidade de nomear o viés masculinista quando ele existe. (Haraway, 1995) . Se a ciência tratou e trata como norma o olhar do homem branco e como exceção o de qualquer outro grupo que ouse produzir conhecimento é porque está inserida em uma estrutura patriarcal e eurocêntrica que a constrói de acordo com, e através de, seus interesses capitalistas e neocolonialistas.


“O principal problema com os ciborgues é, obviamente, que eles são filhos ilegítimos do militarismo e do capitalismo patriarcal, isso para não mencionar o socialismo de estado. Mas os filhos ilegítimos são, com frequência, extremamente infiéis às suas origens. Seus pais são, afinal, dispensáveis.” (Haraway, 2009, p. 40)

Sob essa perspectiva, podemos apontar que o mesmo ocorre com a internet, essa tecnologia que mudou para sempre a nossa maneira de viver, alterando as estruturas políticas, sociais e econômicas. Filha de pesquisas militares durante a Guerra Fria, a internet foi apropriada e ressignificada por estudantes universitários da contracultura estadunidense para atender as demandas de liberdade individual e de compartilhamento de conhecimento, características desse movimento cultural (Castells, 2001, p. 25). A sua origem, portanto, nos indica a quem ela serve e, ao mesmo tempo, seu potencial de infidelidade aos seus criadores.


Imagem: Insert 1, 2021, Colagem Digital. Flavia Doria. Fonte: Arquivo pessoal da autora


Breve História das Mulheres nas TICs


O ciberespaço é o conjunto de informações disponíveis em rede e a própria infraestrutura material que permite a comunicação digital. Ele afeta o urbano e a organização de territórios, sendo ele próprio comparável a um. A “cibercidade” ou “cidade digital” (Levy, 1999, p. 186-190) tem o potencial de descentralização dos grandes centros urbanos e de novas formas de distribuição das atividades econômicas; ou do contrário, de aumentar as capacidades de controle dos centros de poder tradicionais. Se a internet é uma “cibercidade”, quem são os “arquitetos” e "arquitetas" responsáveis por planejá-la?


Investigar o lugar das mulheres no ciberespaço para além da sua presença, considerando o lugar delas no planejamento e desenvolvimento desse espaço, parece fundamental em tempos de reafirmação do poder das Tecnologias de Informação e Comunicação (Castells, 2002). Especialmente quando as cinco empresas mais valiosas do mundo são todas desse setor [1] e lucram não apenas com o nosso consumo, mas com a nossa presença nas redes sociais como usuárias-produto.


Para entendermos a dominação masculina e branca das TICs, temos que voltar à história dessas tecnologias e seus impactos sociais e econômicos, levando em consideração o lugar das mulheres nessa trajetória. Se hoje o lugar de criação e direção dessas áreas é repleto de rostos semelhantes aos de Steve Jobs e Mark Zuckerberg enquanto mulheres representam apenas 30% dessas empresas, a verdade é que nem sempre foi assim. No cenário pós guerra, elas eram maioria na informática e computação, dissidentes de um curso também na época dominado por mulheres: a matemática. (BBC Brasil, 2018)


A origem da divisão de trabalho dentro da computação em hard e soft carrega em si uma raiz na divisão de gênero dessas tarefas. O termo hard designava os trabalhos de engenharia relacionados ao esforço físico de quem construía as máquinas, que na época eram os mais importantes e ficavam com os homens, e soft eram os trabalhos secundários como a programação das mesmas, que sobravam para as mulheres. (Esmenger, 2010 apud Lima & Merkle, 2013) Esse era um trabalho repetitivo e desvalorizado para qual as mulheres eram a mão-de-obra perfeita.


Nesse período elas foram pioneiras, tanto no desenvolvimento da computação como “computadores humanos” da NASA como Janez Lawson, que programou o IBM 701, ou Katherine Johnson, que planejou as trajetórias das primeiras missões espaciais da agência, ambas mulheres negras, quanto na criação de linguagens de programação, como Grace Hopper, a almirante da Marinha que criou a primeira linguagem de alto nível (mais parecidas com o inglês) e o primeiro programa que permitia converter esses códigos para baixo nível (zeros e um). [2]


Com o tempo, houve uma mudança na importância do papel do software na informática e, assim, a consequente reconfiguração da atividade de programação de um trabalho considerado essencialmente feminino para um trabalho masculino. A imagem das TICs deixaram de vez de ter rostos femininos a partir de meados dos anos 1980s, quando graças à computação pessoal – quando os computadores chegaram às casas das pessoas – seus programas se tornam produtos. Portanto, o período em que esses mercados passaram a representar lucros substanciais coincidiu com a exclusão das mulheres dessas profissões. (Esmenger, 2010 apud Lima & Merkle, 2013)


O mesmo sexismo que as afastou da fabricação e criação também as excluiu de todo o universo computacional desde o momento em que os computadores foram inseridos no mercado, sendo vendidos como um produto de entretenimento para meninos e com o foco em jogos. Assim, o privilégio do contato desde a infância com a literacia digital é suportado pelos estereótipos binários de gênero que socializam meninos através brincadeiras com ferramentas de poder e domínio como carros, armas - e dispositivos eletrônicos - e meninas de cuidados domésticos através bonecas e utensílios para casa. (Felisberto, 2012)

“A tecnologia é moldada através de um complexo processo social, no qual diferentes grupos selecionam e definem determinadas características para um determinado artigo. Características de um determinado dispositivo podem fornecer um meio conveniente de estabelecer padrões de poder. Acredita-se que uma das limitações para o impacto provável das mulheres enquanto consumidoras de tecnologia assenta no facto de se encontrarem distante do processo de produção e design.” (Cockburn, 1997 apud Felisberto, 2012 p. 20).


Nessa linha de pensamento, é possível problematizar como o afastamento das mulheres como criadoras dessas áreas, que também as afastou enquanto consumidoras, impactou as políticas e ferramentas constitutivas do ciberespaço ao estabelecer um viés de gênero.


Wikipédia - o ato de se escrever e inscrever no ciberespaço


As wikis são um dos principais exemplos para explicar o que se chama de web 1.0.[3] Nelas a participação dos usuários não só é fundamental, como são eles que a desenvolvem, modificando colaborativamente seu conteúdo e estrutura diretamente do navegador. Ao contrário de outros sites de informação e das redes sociais mais recentes, nas wikis qualquer usuário pode ser um desenvolvedor.

A mais famosa delas, a Wikipédia, é uma enciclopédia online, com versão em 277 idiomas, cada um deles uma comunidade independente. Seu conteúdo é criado, editado e revisado por qualquer pessoa que queira contribuir voluntariamente para o projeto. Enquanto sua utilização no meio acadêmico e escolar ainda gera desconfiança, sua credibilidade só aumenta. Em 2020 a plataforma fez uma parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para a difusão de informações fidedignas e atualizadas sobre a COVID-19 [4]. Ela é hoje um dos sites mais acessados de toda a web [5] e popularmente diz-se que “se não está na Wikipédia não existe”. Mas então o que acontece quando as mulheres não estão na Wikipédia?


O viés de gênero na enciclopédia digital vem sendo discutido nos últimos anos pela própria Wikimedia Foundation, a organização sem fins lucrativos por trás do site.[6] O tema também é um artigo na plataforma e aborda tanto a disparidade de gênero entre editores, quanto a quantidade de artigos sobre mulheres e assuntos relacionados versus artigos sobre homens. Menos de 13% dos wikipedistas são mulheres. [7] As pesquisas mais otimistas apontam para menos de 20%. [8] Além disso, segundo o Indicador de Género Humano da Wikidata (WHGI), em maio de 2020, apenas 18,36% das biografias da Wikipédia em português são dedicadas a elas. A versão lusófona está na 72.ª posição, com cerca de 43 mil biografias de mulheres, contra quase 193 mil de homens. [9]


Dentro dos esforços para aumentar a proporção de artigos sobre mulheres existem iniciativas dentro da Wikipédia, como o Woman in Red (Mulheres em Vermelho) [10] – uma referência à cor das hiperligações de artigos que ainda não foram escritos. Com versão em diversas línguas, o projeto visa aumentar o número de biografias femininas na Wikipédia, mas por si só não resolve o problema da ausência das mulheres na construção coletiva dessa plataforma; nem tampouco expande a discussão para pessoas de gênero não-conforme ou foca em questões de interseccionalidade. Esses são trabalhos que vêm sendo elaborados por grupos feministas como o internacional Art+Feminism ou o português WikieditorasLx através de “editatonas”, maratonas de edição para recrutar novas pessoas dentro desses grupos com o interesse em aumentar sua representação e visibilidade [11].


Mas se qualquer pessoa pode editar, por que o problema persiste? Sue Gardner, ex-executiva da Wikimedia Foundation, acusou em um artigo (2011) as principais razões pelas quais as mulheres não editam na Wikipédia, segundo elas próprias. Dentre elas, existem questões práticas resultantes de toda a estrutura patriarcal que influencia suas rotinas, como por exemplo: elas têm menos tempo livre do que eles; mas a maioria dos motivos citados gira em torno de um ambiente machista e uma baixa confiança nas ferramentas e dinâmicas necessárias para editar em uma plataforma aberta em uma comunidade dominada pela presença masculina. Elas apontam questões como a interface não ser amigável, a necessidade de confiança para escrever em uma enciclopédia e o bullying sexista que suas contribuições sofrem, sendo muitas vezes revertidas ou deletadas.


Isto se deve ao fato de que boa parte do trabalho de edição depende da interação com outros usuários, em um ambiente, segundo Gardner, combativo. A Wikipédia não possui regras fixas - esse é um dos cinco pilares fundadores, sendo os outros suas normas de conduta, conteúdos de licença livre, imparcialidade e seu caráter enciclopédico. [12] As decisões sobre o que deve ou não ser um artigo, ou como esse artigo deve ser escrito, editado, categorizado, ilustrado, bem como qualquer política editorial se constrói através de debates dentro da comunidade. Contudo, nem todos têm o mesmo poder de decisão e existe uma série de níveis hierárquicos que não só permite ações especiais como eliminação de páginas, bloqueio de usuário ou direito ao voto, mas também influencia na credibilidade desses editores. [13]


Simultaneamente, a Wikipédia carrega a promessa utópica de ser um modelo de democracia participativa descentralizada, enquanto é baseada em enciclopédias: uma categoria de conhecimento que tem suas raízes históricas no colonialismo que impõe os limites sobre o que pode ser adicionado e por quem, de acordo com normas e lógicas pré definidas. (Burke, 2012 apud Ford & Wajcman, 2017)


“Aqueles que são capazes de dominar o sistema tecnocrático de representação da Wikipédia, com ênfase em fatos e outras peças modulares de informações verificáveis, surgem como corretores de poder dentro desse ambiente. Aqueles que falham em dominar este sistema, seja porque o seu conhecimento do mundo não se enquadra com o que a Wikipédia reconhece como conhecimento, seja porque as interações sociais negativas na plataforma os levaram a abandoná-la, permanecerão às margens da Wikipédia, incapazes de contribuir e ter seu conhecimento representado.” (Ford & Wajcman, 2017 p. 13) [14]

Conclusão


Dessa maneira, é possível relacionar a obra de Haraway no que diz respeito à experiência de produção de saberes com o exemplo da Wikipédia, quando a desproporcional dominação masculina na plataforma se reflete no viés de gênero de seu conteúdo e políticas. Também observamos que as críticas da autora à ideia de que o campo de conhecimento tecnológico seria naturalmente masculino são fundamentadas por processos sociais e históricos que afastaram as mulheres desses lugares de poder; e que esse afastamento ecoa na sub-representatividade delas na internet.


Podemos concluir que mesmo com os esforços em torno da inclusão das mulheres e pessoas de gênero não-conforme na plataforma, as dificuldades em romper esse ciclo estão nas próprias bases da Wikipédia, que tem suas infraestruturas técnicas e políticas criadas, e constantemente mantidas, sob uma visão hegemônica e hierárquica onde os saberes do grupo dominante - masculino e branco - afasta editores de outros grupos e assim, a possibilidade de incluir outros saberes.


A partir dessas ideias, este artigo visou levantar uma reflexão sobre a importância da apropriação dos conhecimentos tecnológicos pelas mulheres e outros grupos marginalizados para a ocupação e participação no ciberespaço como um lugar de poder. Além disso, procurou deixar espaço para a imaginação otimista da construção de plataformas, ferramentas, linguagens e políticas digitais construídas dessa vez com um viés feminista.


 

Notas




[3] - O termo foi popularizado pela empresa americana O'Reilly Media em 2004.



[5] - Disponível em https://www.alexa.com/topsites





[9] - https://whgi.wmflabs.org/gender-by-language.html#bokeh-alltime-plot Recuperado em 15 de fevereiro de 2021.






[14] - Tradução própria do original: “Those who are able to master Wikipedia´s technocratic system of representation, with an emphasis on facts and other modular pieces of verifiable information, emerge as power brokers within this environment. Those who fail to master this system, either because their knowledge of the world does not fit with what Wikipedia recognizes as knowledge or because negative social interactions on the platform have led to their leaving it, will remain on Wikipedia´s edges, unable to contribute and have their knowledge represented.”


 

Referências


Castells, M. (2002). A sociedade em Rede – a era da informação: economia, sociedade e cultura – Volume 1. São Paulo: Paz & Terra.


Castells, M. (2003). A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.


Felisberto, P. A. (2012). TIC e as Desigualdades de Género: Reprodução Social e Mudança nos Percursos Profissionais. Dissertação de mestrado, Universidade da Beira Interior, Covilhã, Castelo Branco, Portugal. Recuperado em 06 janeiro, 2020 de https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/2791/1/TeseFinal.pdf


Ford, H. & Wajcman, J. (2017). Anyone can edit, not everyone does:Wikipedia and the gender gap. LSE Research Online DOI: 10.1177/0306312717692172


Gardner, S.(19 de fevereiro de 2011). Nine Reasons Women Don’t Edit Wikipedia (in their own words). Sue Gardner.org. Recuperado em 04 janeiro, 2020 de https://suegardner.org/2011/02/19/nine-reasons-why-women-dont-edit-wikipedia-in-their-own-words/


Haraway, D. (1995) Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, vol (5), p. 7–41, 2009. Recuperado em 05 janeiro, 2020 de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773


Haraway, D. (2009). Manifesto ciborgue. Ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. (pp. 33-118). Belo Horizonte, MG: Autêntica. Recuperado em 05 janeiro, 2020 de https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4945399/mod_resource/content/1/LIVRO%20Antropologia%20do%20Ciborgue.pdf


Lévy, P. (1999). Cibercultura. São Paulo: Editora 34.


Lima, F. A., & Merkle, L.E. (2013). Seminários Internacional Fazendo Gênero - Anais Eletrônicos, volume (10), 9. Recuperado em 07 janeiro, 2020 de http://www.fg2013.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/20/1381512009_ARQUIVO_FabianeAlvesdeLima.pdf


Silveira, E. (13 de abril de 2018). Como as mulheres passaram de maioria a raridade nos cursos de informática. BBC Brasil. Recuperado em 04 janeiro, 2020 de https://www.bbc.com/portuguese/geral-43592581


Wajcman, J. (1991). Feminism Confronts Technology (pp. 6-10) University Park, PA: The Pennsylvania State University Press. Recuperado em 07 janeiro, 2020 de https://monoskop.org/images/a/ab/Wajcman_Judy_Feminism_Confronts_Technology_1991.pdf


 

Autora: Flavia Doria Comunicação Social - Jornalismo, Rio de Janeiro, Brasil

Sobre a Autora: Flavia Doria é formada em Comunicação Social e Jornalismo pela FACHA, no Rio de Janeiro. Vive em Portugal desde 2016 e escreve atualmente sobre feminismo no seu blog pessoal e no Medium. Faz parte do grupo de editoras de Lisboa, WikiEditorasLx, que visa diminuir as desigualdades de género na Wikipédia.


 

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